segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Alguns desafios culturais
Evangelizamos também procurando enfrentar os diferentes desafios que se nos podem apresentar. Às vezes, estes se manifestam em verdadeiros ataques à liberdade religiosa, que em alguns países, atingiram níveis alarmantes de ódio e violência. Isto não prejudica só a Igreja, mas a vida social em geral. 
Na cultura dominante, ocupa o primeiro lugar aquilo que é exterior, imediato, visível, rápido, superficial, provisório. O real sede lugar à aparência. Vão surgindo formas novas de comportamento resultantes da orientação dos meios de comunicação social, os aspectos negativo destes meios de comunicação e espetáculos estão ameaçando os valores tradicionais.
A fé católica em muitos povos encontra-se hoje perante a proliferação de novos movimentos, que parecem propor uma espiritualidade sem Deus. Estes movimentos religiosos, que se caracterizam pela sua penetração sutil, vem preencher, dentro do individualismo reinante, um vazio deixado pelo racionalismo secularista. Uma parte de nosso povo batizado não sente a sua pertença à Igreja,  predomina, nas paróquias, o aspecto administrativo sobre o pastoral, bem como uma sacramentalização sem outras formas de evangelização.
produziu-se uma crescente deformação ética, um enfraquecimento do sentido do pecado pessoal e social e um aumento progressivo do relativismo. Enquanto a Igreja insiste na existência de normas morais objetivas, válidas para todos, "há aqueles que apresentam esta doutrina como injusta, ou seja, contrária aos direitos humanos básicos. Tais alegações brotam habitualmente de uma forma de relativismo moral". A Igreja é sentida como se estivesse promovendo um convencionalismo particular e interferisse com a liberdade individual. Torna-se necessária uma educação que ensine a pensar criticamente e ofereça um caminho de amadurecimento nos valores.
A família atravessa uma crise cultural profunda, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque se trata da célula básica da sociedade. O matrimônio tende a ser visto como mera forma de gratificação afetiva.
O individualismo pós-moderno e globalizado favorece um estilo de vida que debilita o desenvolvimento e a estabilidade dos vínculos entre as pessoas e distorce os vínculos familiares.
"Uma nação que se levanta contra si mesma, não pode resistir"
Vive-se um tempo de muitas e aceleradas mudanças que têm lados positivos, mas também negativos. Hoje tudo pode, tudo é normal e tem nome, as pessoas já não assumem responsabilidades, e nem admitem seus erros. Em tempos assim, toda vida que se proponha caminhar na verdade encontra desafios. Faz-se necessário nadar contra a corrente se de fato se quer ver os novos Céus e a nova Terra!

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